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VILA VELHA

Circulação de veículos pesados é proibida no sítio histórico da Prainha

De: Secretaria de Turismo, Esporte e Cultura
Texto: Luiz Eduardo Neves| Foto: Adessandro Reis
Criado: 28 de maio de 2021


Desde o dia 22 de junho de 2001, é proibida a circulação de veículos de cargas pesadas no sítio histórico da Prainha. A proibição foi provocada por iniciativa popular, com o objetivo de proteção histórico/cultural do berço da colonização do solo espírito-santense. No local, repousam muitos monumentos com traço da descoberta do Espírito Santo. 

Na época, moradores relataram trincas e rachaduras em imóveis como a Igreja do Rosário, a mais antiga igreja em funcionamento do país, a Casa da Memória e o Museu Homero Massena. 

Foi assinado e publicado então o Decreto nº 161, que protege, além do Sítio Histórico, os bairros Centro, Glória e Praias da Costa, ltapuã e Itaparica da circulação de veículos pesados.

O itinerário das linhas de ônibus do transporte público municipal sofreu alteração e deixou, na época, de operar no Sítio Histórico. 

Segundo a legislação municipal, no Centro da cidade, incluindo o sítio histórico da Prainha, nos dias úteis, das 11 às 19h, e aos sábados, de 8 às 19h, é proibida a circulação de veículos com mais de 10 toneladas, mesmo vazios. Aos domingos e feriados, não há restrições.

Já os veículos acima de 16 toneladas, mesmo vazios, são proibidos de circular nessas áreas da cidade, em qualquer horário.

Sítio histórico

Com o intuito de preservar o patrimônio cultural, histórico, religioso e paisagístico de Vila Velha, a Lei nº 5.657, publicada no dia 9 de outubro de 2015, criou o sítio histórico da Prainha. Nessa área da cidade, o impacto do trânsito de veículos pesados acarreta prejuízos irreparáveis às construções e ruas de valor histórico. 

A trepidação causada pelos veículos pesados pode provocar a desestabilização das estruturas das edificações, principalmente as estruturas autônomas de madeira e, consequentemente, nas alvenarias, com a formação de fissuras, trincas, escorregamento de telhas, infiltrações nas paredes e, inclusive, rachaduras.

“Conciliar a mobilidade urbana e a proteção ao patrimônio histórico das cidades surgidas nos tempos coloniais é um grande desafio. A Igreja do Rosário, pórticos de entrada do Convento da Penha, Casa da Memória, Museu Homero Massena, escultura de Frei Pedro Palácios e muitos imóveis seculares sofrem demais quando há muita vibração”, explica o presidente do Instituto Histórico e Geográfico de Vila Velha, Lauro Antônio Souza Rodrigues. 

Iphan recomendou proibição

A partir de provocação de moradores da Prainha, por meio de ofício à prefeitura e comunidade, em 2007 o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) informou que a retirada do tráfego de veículos pesados na região “deve ser encarada como uma medida de interesse, pois contribui não só para a integridade do bem tombado como para a preservação da ambiência do conjunto arquitetônico e urbano do Sítio Histórico da Prainha”.

“Em novembro de 2006, recolhemos assinatura dos moradores e encaminhamos nosso posicionamento para o IPHAN e Prefeitura de Vila Velha, demonstrando a nossa preocupação com o surgimento de rachaduras nas paredes internas e externas da Igreja do Rosário, uma das mais antigas do país”, informa o pesquisador e morador da Prainha, Gether Lima.

Data de Publicação: sexta-feira, 28 de maio de 2021

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